Templo dos orixás

Templo dos orixás


sábado, 6 de abril de 2013

Um texto de Attila Nunes na década de 60 sobre a Umbanda.


Já vi muita bobagem, muita tolice. Já assisti coisas na televisão que até hoje me fazem estremecer pelo total non sense. Indivíduos despreparados, cidadãos sem a mínima base e conhecimento da religião de umbanda no seu aspecto doutrinário e científico, pessoas, enfim, sem traquejo para o diálogo, sem o preparo mental e psicológico e até mesmo sem a cultura que se faz necessária para as dissertações e só têm contribuído demérito da nossa religião.

Minha decepção (e a de milhares irmãos umbandistas) é total quando vejo um presidente de uma entidade federativa ou chefe de tenda gaguejar, titubear e, finalmente, ser derrotado num debate ao qual não deveria ter comparecido jamais. Sinto-me triste e fico desanimado quando vejo um babalaô com seus filhos se exibindo, desmoralizando a umbanda com a amostragem de aluás, de incorporações), aquilo que jamais deveria ser exposto em público, isto é, fora de nossos templos, dos nossos terreiros.

As grandes vozes têm que ser ouvidas. Lutemos contra a palhaçada, contra a bisonhice, contra os vaidosos, contra os exibicionistas. Ergamos uma muralha invencível contra os destruidores da umbanda! Utilizemos o poder dos nossos guias, usemos as nossas forças espirituais para deter a onda de insensatez que ameaça nossa religião. Não arquitetadas pelos vaidosos, pelos fariseus, pelos profiteurs da ingenuidade de alguns que se aliam a tudo sem medir as consequências. Acima de tudo, a nossa gloriosa umbanda. ACIMA DE TUDO AS DIGNIDADE DA NOSSA CRENÇA, DOS NOSSOS IRMÃOS, DE TANTOS QUE DÃO TUDO DE SI PELO BEM DE TODOS!

Espero que a gerações futuras possam ter essa linha de pensamento. Vamos lutar por esse ideal!

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